O surdo-atleta deveria ter direito ao Programa Federal do Bolsa Atleta

Inédita medalha Surdo-Olímpica do Brasil, Taipei, 2009.


Taipei, a maior cidade de Taiwan, foi escolhida para ser a anfitriã do 21 Surdo-Olímpico. Pela primeira vez os jogos foram realizados na Ásia. A cidade investiu muito para se adequar as exigências do comitê, tendo promovido o melhor Surdo-Olímpico da história, relatos dos atletas brasileiros que já participaram de outras edições e demais delegações.

O Judô, Karatê e Taekwondo foram adicionados ao programa de competição nesta edição.

Os esportes oferecidos no 21 º Verão Deaflympics foram os seguintes: Atletismo, Badminton, Basquete, Vôlei de Praia, Bowling, Ciclismo de Estrada, Futebol, Handebol, Judô, Karatê, Orientação, Tiro, Ténis de Mesa, Tênis, Taekwondo, Voleibol , Polo Aquático, Luta Livre e Luta Greco-Romana.

Em Taipei o Brasil conquistou pela primeira vez uma medalha surdo-olímpica, um bronze, no judô. A inédita medalha se deve ao compromisso que o governador Sérgio Cabral tem para com o desporto em geral em nosso estado. O governo patrocinou a 1a equipe de judô de surdos. Os sete atletas surdos da seleção integravam o Projeto AVD/Suderj em Forma (Programa esportivo do estado).

O Brasil está voltado para os Jogos Olímpicos no Brasil, mas não pode esquecer que para se tornar uma grande potência desportiva deve investir em todos os segmentos, ou seja, Olímpico, Para-Olímpico e Surdo-Olímpico. Este último aprovado pela III Conferência Nacional do Esporte, em Brasília, no ano de 2010. Mas, até hoje não foi liberado recurso algum para a nossa confederação. Para piorar, entrou em vigor, no final de 2011, uma portaria que limita o Bolsa Atleta somente aos atletas do COB e CPB. Com isso, excluíram os surdos, os downs e várias modalidades não olímpicas. 

A pergunta que não quer calar: Como atingir as metas estabelecidas na III CNE, a principal é o "Brasil ficar entre os 50 melhores colocados no Surdo-Olímpico de 2013 e 2017."

Vivemos na era da Inclusão, onde o Brasil assinou inúmeros tratados internacionais nas últimas décadas como a Carta do Terceiro Milênio, a Declaração de Salamanca e outros. Pra quê? Onde está a acessibilidade e a preservação dos direitos a educação, saúde, lazer e esporte das pessoas com necessidades especiais, em especial a do surdo. Sem nenhuma consulta, em momento algum fomos informados da nova decisão do ME, retiraram o direito do surdo-atleta ao Programa do Bolsa Atleta Federal. Ficou apenas a promessa de que se houvesse verba abririam uma segunda seletiva. 

É, momentaneamente ficamos sem Bolsa Atleta!

Cada federação deve buscar apoio de deputados federais, senadores e até dos governadores para que lutem a nosso favor. Vamos tentar sensibilizar as autoridades. Afinal, em 2013 temos o 22o Jogos Olímpicos de Surdos na Europa.


delegação do judô visita escola que torcia pelo país
Alexandre Fernandes é Bronze!





0 comentários:

Federação Desportiva de Surdos do Estado do Rio de Janeiro
CNPJ: 30.892.715/0001-67
Inscrição Mun.: 329.776-9

  ©FDSERJ - FEDERAÇÃO DESPORTIVA DE SURDOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo